O Dia Nacional da Cachaça é celebrado nesta quarta-feira (13). Exclusivo do Brasil, o destilado é produzido, principalmente, em Minas Gerais, apesar de ter pontos de fabricação em todo o país.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2021, o estado de Minas concentra a maior quantidade de marcas de cachaça do Brasil. O Distrito Federal estava na 23ª posição do ranking em 2019, o último lugar. Em 2021, a capital federal passou para o 18º lugar.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há muitas diferenças entre a cachaça de alambique -- ou seja, a artesanal -- e a cachaça industrial.
Para ajudar a entender como funciona o processo de fabricação da bebida, o g1 conversou com dois produtores de cachaça, em Brasília. Um deles é Elio Gregório, criador da cachaça "Saracura".
Segundo Gregório, com aromas de amêndoas, baunilhas e tostas amadeiradas, a bebida autoral conquistou os paladares mais exigentes.
"Os primeiros passos da produção foram dados com aquisições de cachaça in natura advindos de Tupaciguara, em Minas Gerais, no ano de 2004, e do alambique do Beto Borges, que hoje não existe mais. [...] Saracura é sinônimo de excelência. Apresenta-se em lotes distintos, com maturação de 6 e 8 anos em tonéis de carvalho europeu", conta.
Cid Fria, criador do "Alambique Amana do Brasil" e da cachaça "Remedin", explica que também pesqusou equipamentos, buscou informações e participou de feiras antes de começar a produzir. No início, com uma produção pequena, de 1 mil litros envelhecendo em tonéis de carvalho francês.
"Este ano lançamos as cachaças de madeira do Cerrado, com a Amburana, a Jequitibá e a Jatobá. Temos planos de ampliar a produção de 5 mil litros para 8 mil litros ano e ainda exportar nosso produto, mas nunca perdendo a característica principal de ser uma cachaça artesanal, feita a moda tradicional mineira", diz.
Produção
"As cachaças industriais são controladas por empresas e a cana-de-açúcar é cultivada em grandes áreas, enquanto a pinga artesanal é produzida em pequena escala por pequenos produtores", explica a Embrapa.
O processo de produção também é diferente. No caso das indústrias:
-São usadas colunas de destilação e tonéis de aço-inox;
-São adicionados produtos químicos na fermentação;
-Não se separa a parte nobre do destilado.
Já no processo artesanal:
-A destilação é feita em alambiques de cobre e a fermentação ocorre de forma natural;
-A parte nobre da cachaça é separada das impurezas;
-É feito o processo de envelhecimento em tonéis de madeira.
Ainda segundo a Embrapa, o preço do produto e a forma de comercialização também são diferentes. O litro da cachaça industrial é vendido em torno R$ 0,70 na destilaria. Já a pinga artesanal consegue um valor de, no mínimo, R$ 1,30 por litro e, dependendo da forma como é comercializada, pode variar entre R$ 4,50 e R$ 6,00 por litro.
Fonte: g1.globo.com
De acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2021, o estado de Minas concentra a maior quantidade de marcas de cachaça do Brasil. O Distrito Federal estava na 23ª posição do ranking em 2019, o último lugar. Em 2021, a capital federal passou para o 18º lugar.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há muitas diferenças entre a cachaça de alambique -- ou seja, a artesanal -- e a cachaça industrial.
Para ajudar a entender como funciona o processo de fabricação da bebida, o g1 conversou com dois produtores de cachaça, em Brasília. Um deles é Elio Gregório, criador da cachaça "Saracura".
Segundo Gregório, com aromas de amêndoas, baunilhas e tostas amadeiradas, a bebida autoral conquistou os paladares mais exigentes.
"Os primeiros passos da produção foram dados com aquisições de cachaça in natura advindos de Tupaciguara, em Minas Gerais, no ano de 2004, e do alambique do Beto Borges, que hoje não existe mais. [...] Saracura é sinônimo de excelência. Apresenta-se em lotes distintos, com maturação de 6 e 8 anos em tonéis de carvalho europeu", conta.
Cid Fria, criador do "Alambique Amana do Brasil" e da cachaça "Remedin", explica que também pesqusou equipamentos, buscou informações e participou de feiras antes de começar a produzir. No início, com uma produção pequena, de 1 mil litros envelhecendo em tonéis de carvalho francês.
"Este ano lançamos as cachaças de madeira do Cerrado, com a Amburana, a Jequitibá e a Jatobá. Temos planos de ampliar a produção de 5 mil litros para 8 mil litros ano e ainda exportar nosso produto, mas nunca perdendo a característica principal de ser uma cachaça artesanal, feita a moda tradicional mineira", diz.
Produção
"As cachaças industriais são controladas por empresas e a cana-de-açúcar é cultivada em grandes áreas, enquanto a pinga artesanal é produzida em pequena escala por pequenos produtores", explica a Embrapa.
O processo de produção também é diferente. No caso das indústrias:
-São usadas colunas de destilação e tonéis de aço-inox;
-São adicionados produtos químicos na fermentação;
-Não se separa a parte nobre do destilado.
Já no processo artesanal:
-A destilação é feita em alambiques de cobre e a fermentação ocorre de forma natural;
-A parte nobre da cachaça é separada das impurezas;
-É feito o processo de envelhecimento em tonéis de madeira.
Ainda segundo a Embrapa, o preço do produto e a forma de comercialização também são diferentes. O litro da cachaça industrial é vendido em torno R$ 0,70 na destilaria. Já a pinga artesanal consegue um valor de, no mínimo, R$ 1,30 por litro e, dependendo da forma como é comercializada, pode variar entre R$ 4,50 e R$ 6,00 por litro.
Fonte: g1.globo.com