A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid volta a se reunir nesta semana e deve questionar as negociações feitas pelo Itamaraty para a compra de medicamentos. Durante a gestão do ex-ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, houve intermediação para compra de insumos para fabricação de cloroquina - o remédio não tem comprovação científica no tratamento contra Covid-19.
As informações foram publicadas no jornal "Folha de S.Paulo". A reportagem diz que o ex-ministro Ernesto Araújo usou o Itamaraty para garantir cloroquina e que telegramas e relatos mostram pedidos de ex-chanceler a embaixada na Índia.
A TV Globo também teve acesso aos documentos que trataram do assunto. No dia 16 de abril de 2020 o Itamaraty enviou um telegrama à embaixada do brasil na índia, em Nova Deli, com a seguinte mensagem:
“Muito agradeceria a vossa excelência informar as autoridades indianas de que o Ministério da Saúde pretende adquirir o lote oferecido pelo governo indiano, de 5 milhões de tablets de Hidroxicloroquina (HCQ)”.
No dia seguinte, o Itamaraty informou à embaixada que foi feito um pedido à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“Informo que o Ministério da Saúde reiterou o interesse na compra do lote de 5 milhões de tablets de hidroxicloroquina, entendendo a urgência que o caso requer. Com vistas a esclarecer aspectos técnicos, sanitários e comerciais da operação, aquele ministério houve por bem solicitar apoio da Opas, encarecendo que a organização entre em contato com a empresa Zydus. Agradeceria dar ciência dessa informação às autoridades indianas”.
Há mais telegramas sobre a aquisição de cloroquina. No ano passado, por exemplo, o Ministério das Relações Exteriores fez uma intermediação para agilizar a importação por uma farmacêutica brasileira que enfrentava dificuldade em receber os medicamentos.
Ernesto Araújo deixou o cargo no fim de março de 2021. A saída ocorreu após forte pressão de parlamentares, inclusive da base aliada, que criticavam o desempenho de Araújo na luta para trazer mais vacinas para o Brasil.
Fonte:G1
As informações foram publicadas no jornal "Folha de S.Paulo". A reportagem diz que o ex-ministro Ernesto Araújo usou o Itamaraty para garantir cloroquina e que telegramas e relatos mostram pedidos de ex-chanceler a embaixada na Índia.
A TV Globo também teve acesso aos documentos que trataram do assunto. No dia 16 de abril de 2020 o Itamaraty enviou um telegrama à embaixada do brasil na índia, em Nova Deli, com a seguinte mensagem:
“Muito agradeceria a vossa excelência informar as autoridades indianas de que o Ministério da Saúde pretende adquirir o lote oferecido pelo governo indiano, de 5 milhões de tablets de Hidroxicloroquina (HCQ)”.
No dia seguinte, o Itamaraty informou à embaixada que foi feito um pedido à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“Informo que o Ministério da Saúde reiterou o interesse na compra do lote de 5 milhões de tablets de hidroxicloroquina, entendendo a urgência que o caso requer. Com vistas a esclarecer aspectos técnicos, sanitários e comerciais da operação, aquele ministério houve por bem solicitar apoio da Opas, encarecendo que a organização entre em contato com a empresa Zydus. Agradeceria dar ciência dessa informação às autoridades indianas”.
Há mais telegramas sobre a aquisição de cloroquina. No ano passado, por exemplo, o Ministério das Relações Exteriores fez uma intermediação para agilizar a importação por uma farmacêutica brasileira que enfrentava dificuldade em receber os medicamentos.
Ernesto Araújo deixou o cargo no fim de março de 2021. A saída ocorreu após forte pressão de parlamentares, inclusive da base aliada, que criticavam o desempenho de Araújo na luta para trazer mais vacinas para o Brasil.
Fonte:G1