No dia 4 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Saúde Sexual, uma ocasião dedicada a conscientizar sobre a importância da saúde sexual e promover a educação, discussão aberta e acessibilidade aos cuidados relacionados à sexualidade.
A infectologista Ana Caroline D’Ettorres afirma que as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são sífilis, que apresenta números crescentes de casos, HIV, hepatite B, HPV, herpes e um grupo de infecções chamadas de Síndromes Uretrais (causadas por diversas bactérias e parasitas).
O principal método de prevenção dessas infecções são os preservativos, as camisinhas masculinas e femininas, que, além de serem métodos contraceptivos, também previnem a transmissão de ISTs.
A vacina do HPV previne contra a infecção dos principais subtipos circulantes, impedindo o surgimento de verrugas genitais e também de lesões cancerosas. O HPV é a principal causa de câncer de colo de útero e, nos homens, também pode causar lesões cancerosas na região genital.
Atualmente, a vacina contra HPV está disponível pelo SUS. É indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para pessoas imunocomprometidas de 9 a 45 anos. Na rede particular está disponível a vacina HPV9, que possui uma cobertura maior de subtipos, liberada para homens e mulheres de 9 a 45 anos.
Segundo a especialista, além de vacinação, recomenda-se a testagem rotineira para ISTs para todos que são sexualmente ativos a cada quatro meses, realização de exames preventivos ginecológicos, uso de preservativos e, em casos de maior exposição, uso de Prep/PEP (medicamentos que previnem a infecção pelo HIV)
A sexóloga Sirleide Stinguel diz que, no consultório a queixa sexual é a falta de libido, uma questão voltada mais para o desejo que a mulher não está conseguindo manter ou sentir.
Para o homem, geralmente, é a ejaculação precoce. Depois da pandemia, com a questão da ansiedade e insegurança que subiu, os homens estão tendo muita ejaculação precoce e isso está afetando o desempenho sexual, fazendo eles perderem o controle ejaculatório.
Sirleide afirma que sexo é qualidade de vida, e a sexualidade não é sozinha, ela é parte vital. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é o que motiva o ser humano a ir de encontro com o outro.
“Isso quer dizer muito dessa libido que a gente tem, não só sexual, mas de energia de vida, de desejos por tudo, fora questões que, quando você tem uma sexualidade saudável, está tendo mais prazer no teu corpo, mais dopamina, mais sensação de bem estar e vai ficar mais feliz, vai se sentir mais amada, mesmo que seja sozinha”, pontua ela.
A sexóloga diz que um dos fatores que pode afetar a saúde sexual tanto feminina quanto masculina são questões de saúde física: doenças e questões hormonais de desequilíbrio. Existem questões biológicas, sociais e psicológicas que influenciam o bem-estar dessa saúde tanto do homem quanto da mulher.
A especialista afirma que a ansiedade hoje é uma questão que afeta muito a população. O índice cresceu bastante, assim como da depressão e de vários outros transtornos da saúde mental que afetam a sexualidade da pessoa, tanto pra hipo, para diminuir essa sexualidade, quanto para hiper, quando a pessoa começa a ter uma sexualidade exacerbada.
“Eu já vou começar a olhar outros problemas da vida ou para obstáculos da vida de uma forma diferente. A gente começa a ser um ser humano mais feliz, o sexo deixa a gente mais feliz, mais harmônico, mesmo que seja aquela pessoa que faz sexo com ela mesmo, através da masturbação. Essa pessoa está tão contente com ela mesmo que ela está mostrando uma questão de autoamor, de autotoque. Isso também é muito válido”, ressalta.
A especialista salienta que sexo regular dentro de uma relação muitas vezes mostra que aquele relacionamento está saudável e em um ambiente confortável, porque o sexo é um reflexo da relação.
Dificuldades
Segundo a sexóloga, a disfunção é um bloqueio total ou parcial da resposta sexual no corpo humano, no caso da mulher. Para que se considere disfunção sexual, deve ser constante e difuso e de sofrimento, não porque o parceiro está incomodado ou reclamando.
No desejo sexual hipoativo, há a dificuldade ou ausência de desejo (estimulo erótico) e existe, nesse contexto, uma falta de interesse sexual. Pode ser proveniente de medicações (anticoncepcionais, antidepressivos e ansiolíticos entre outros), ter causa emocional (depressão, stress, menopausa, traumas) ou social (tabus, crenças).
Ainda tem o distúrbio de aversão sexual, que faz a pessoa evitar totalmente o estímulo ou contato sexual por questões de traumas, abusos físicos ou sexuais.
Segundo a sexóloga, o bloqueio na excitação sexual feminina é denominado transtorno da excitação sexual, ligado a dificuldade ou incapacidade de se manter excitada, como uma falta de lubrificação vaginal e dificuldade de vasodilatação (inchaço vaginal e sensibilidade de mamilo, falta de dilatação ou alongamento vaginal).
As causas podem ter ordem hormonais, por exemplo, menopausa, psicológicas (ansiedades, traumas, depressão), problemas com autoimagem (falta de autoestima) e problemas no relacionamento.
Já quando o distúrbio é orgástico, é chamado de anorgasmia, que se caracteriza pela dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo. A mulher sofre por não conseguir ter orgasmo, seja por demorar muito ou por falta de estímulo suficiente.
“As causas podem ser fisiológicas ou psicológicas, mas a maioria é de ordem psicológica, como a ansiedade, por exemplo, onde a mulher não consegue esperar ou acha que está demorando muito. Os tabus ainda muito presentes na vida da mulher, como “não pode se masturbar”, ou crenças limitantes, no caso de “sexo só com o parceiro e proveniente dele”, diz a sexóloga.
Ainda existem as disfunções de dores, entre elas o vaginismo e dispareunia. Vaginismo são espasmos involuntários da musculatura do assoalho pélvico, impedindo o ato de penetração vaginal, causando muita dor quando se tenta penetrar algo, consequência de problemas emocionais (traumas psicológicos, abusos, concepções corporais, crenças).
Dispareunia é a dor genital recorrente ou constante no ato sexual. Pode ser consequência de infecções vaginais, ressecamento na fase da menopausa e acontece também após procedimentos cirúrgicos. Além disso, pode ter ordem psicológica (conflitos emocionais ou fazer sexo sem vontade).
Cobrança
A sexóloga Virginia Pelles diz que a maioria das pessoas que atende estão casadas ou em situação de divórcio. Os problemas mais relatados são falta de diálogo, de parceria, de estimular a libido, conquista dentro do relacionamento ou uma rotina sem nada criativo.
“Eu vejo que muitos homens reclamam que as mulheres não procuram, outros reclamam que a mulher procura de uma forma, cobrando. Algumas mulheres percebem que os homens cobram de uma forma muito diretiva, já vão direto ao assunto, querendo a relação sexual, forçando a barra para que isso aconteça e elas se sentem invadidas”, conta ela.
Virgínia afirma que o anticoncepcional atrapalha muito na questão de ter disposição, assim como medicação para diabetes, ansiedade e hipertensão, além de sobrecarga de uma jornada de trabalho e cansaço.
Idade
A sexóloga diz que a idade, de certa forma, afeta mais o homem do que a mulher. Isso devido a menopausa, que, às vezes, causa ressecamento da pele, da unha, do cabelo, da mucosa, incluindo a mucosa do canal vaginal. A mulher, nessa fase, tem queda e algumas aumento da intensidade e da frequência sexual.
Já o homem é dependente da ereção, que, com os anos, vai perdendo a capacidade. O exercício pélvico ou o estímulo da musculatura do assoalho pélvico são exercícios de fortalecimento da musculatura do períneo dessa região.
Através do estímulo dessa musculatura, é possível prevenir uma série de problemas, entre eles a incontinência urinária. “As pessoas, às vezes, vivem a vida inteira correndo atrás de metas, de dinheiro, de sonhos e esquecem de cuidar da saúde e, quando chegam na fase que poderiam curtir, tem que voltar correndo atrás da saúde”.
“Eu sou a favor da gente esperar vivendo do que esperar parado, não correr da jornada. Com a idade, algumas pessoas sofrem mais do que outras e com algumas instruções, prevenindo, fazendo exercício pélvico, trabalhando a alimentação, controle de peso, tudo isso gera bem-estar”, explica a especialista.
A especialista salienta que é importante manter sempre a alegria, autoestima, exercer a gratidão, aumentar a ingestão de água, coisas simples que podem favorecer uma qualidade de vida sexual na terceira idade.
Fonte: eshoje.com
A infectologista Ana Caroline D’Ettorres afirma que as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são sífilis, que apresenta números crescentes de casos, HIV, hepatite B, HPV, herpes e um grupo de infecções chamadas de Síndromes Uretrais (causadas por diversas bactérias e parasitas).
O principal método de prevenção dessas infecções são os preservativos, as camisinhas masculinas e femininas, que, além de serem métodos contraceptivos, também previnem a transmissão de ISTs.
A vacina do HPV previne contra a infecção dos principais subtipos circulantes, impedindo o surgimento de verrugas genitais e também de lesões cancerosas. O HPV é a principal causa de câncer de colo de útero e, nos homens, também pode causar lesões cancerosas na região genital.
Atualmente, a vacina contra HPV está disponível pelo SUS. É indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para pessoas imunocomprometidas de 9 a 45 anos. Na rede particular está disponível a vacina HPV9, que possui uma cobertura maior de subtipos, liberada para homens e mulheres de 9 a 45 anos.
Segundo a especialista, além de vacinação, recomenda-se a testagem rotineira para ISTs para todos que são sexualmente ativos a cada quatro meses, realização de exames preventivos ginecológicos, uso de preservativos e, em casos de maior exposição, uso de Prep/PEP (medicamentos que previnem a infecção pelo HIV)
A sexóloga Sirleide Stinguel diz que, no consultório a queixa sexual é a falta de libido, uma questão voltada mais para o desejo que a mulher não está conseguindo manter ou sentir.
Para o homem, geralmente, é a ejaculação precoce. Depois da pandemia, com a questão da ansiedade e insegurança que subiu, os homens estão tendo muita ejaculação precoce e isso está afetando o desempenho sexual, fazendo eles perderem o controle ejaculatório.
Sirleide afirma que sexo é qualidade de vida, e a sexualidade não é sozinha, ela é parte vital. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é o que motiva o ser humano a ir de encontro com o outro.
“Isso quer dizer muito dessa libido que a gente tem, não só sexual, mas de energia de vida, de desejos por tudo, fora questões que, quando você tem uma sexualidade saudável, está tendo mais prazer no teu corpo, mais dopamina, mais sensação de bem estar e vai ficar mais feliz, vai se sentir mais amada, mesmo que seja sozinha”, pontua ela.
A sexóloga diz que um dos fatores que pode afetar a saúde sexual tanto feminina quanto masculina são questões de saúde física: doenças e questões hormonais de desequilíbrio. Existem questões biológicas, sociais e psicológicas que influenciam o bem-estar dessa saúde tanto do homem quanto da mulher.
A especialista afirma que a ansiedade hoje é uma questão que afeta muito a população. O índice cresceu bastante, assim como da depressão e de vários outros transtornos da saúde mental que afetam a sexualidade da pessoa, tanto pra hipo, para diminuir essa sexualidade, quanto para hiper, quando a pessoa começa a ter uma sexualidade exacerbada.
“Eu já vou começar a olhar outros problemas da vida ou para obstáculos da vida de uma forma diferente. A gente começa a ser um ser humano mais feliz, o sexo deixa a gente mais feliz, mais harmônico, mesmo que seja aquela pessoa que faz sexo com ela mesmo, através da masturbação. Essa pessoa está tão contente com ela mesmo que ela está mostrando uma questão de autoamor, de autotoque. Isso também é muito válido”, ressalta.
A especialista salienta que sexo regular dentro de uma relação muitas vezes mostra que aquele relacionamento está saudável e em um ambiente confortável, porque o sexo é um reflexo da relação.
Dificuldades
Segundo a sexóloga, a disfunção é um bloqueio total ou parcial da resposta sexual no corpo humano, no caso da mulher. Para que se considere disfunção sexual, deve ser constante e difuso e de sofrimento, não porque o parceiro está incomodado ou reclamando.
No desejo sexual hipoativo, há a dificuldade ou ausência de desejo (estimulo erótico) e existe, nesse contexto, uma falta de interesse sexual. Pode ser proveniente de medicações (anticoncepcionais, antidepressivos e ansiolíticos entre outros), ter causa emocional (depressão, stress, menopausa, traumas) ou social (tabus, crenças).
Ainda tem o distúrbio de aversão sexual, que faz a pessoa evitar totalmente o estímulo ou contato sexual por questões de traumas, abusos físicos ou sexuais.
Segundo a sexóloga, o bloqueio na excitação sexual feminina é denominado transtorno da excitação sexual, ligado a dificuldade ou incapacidade de se manter excitada, como uma falta de lubrificação vaginal e dificuldade de vasodilatação (inchaço vaginal e sensibilidade de mamilo, falta de dilatação ou alongamento vaginal).
As causas podem ter ordem hormonais, por exemplo, menopausa, psicológicas (ansiedades, traumas, depressão), problemas com autoimagem (falta de autoestima) e problemas no relacionamento.
Já quando o distúrbio é orgástico, é chamado de anorgasmia, que se caracteriza pela dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo. A mulher sofre por não conseguir ter orgasmo, seja por demorar muito ou por falta de estímulo suficiente.
“As causas podem ser fisiológicas ou psicológicas, mas a maioria é de ordem psicológica, como a ansiedade, por exemplo, onde a mulher não consegue esperar ou acha que está demorando muito. Os tabus ainda muito presentes na vida da mulher, como “não pode se masturbar”, ou crenças limitantes, no caso de “sexo só com o parceiro e proveniente dele”, diz a sexóloga.
Ainda existem as disfunções de dores, entre elas o vaginismo e dispareunia. Vaginismo são espasmos involuntários da musculatura do assoalho pélvico, impedindo o ato de penetração vaginal, causando muita dor quando se tenta penetrar algo, consequência de problemas emocionais (traumas psicológicos, abusos, concepções corporais, crenças).
Dispareunia é a dor genital recorrente ou constante no ato sexual. Pode ser consequência de infecções vaginais, ressecamento na fase da menopausa e acontece também após procedimentos cirúrgicos. Além disso, pode ter ordem psicológica (conflitos emocionais ou fazer sexo sem vontade).
Cobrança
A sexóloga Virginia Pelles diz que a maioria das pessoas que atende estão casadas ou em situação de divórcio. Os problemas mais relatados são falta de diálogo, de parceria, de estimular a libido, conquista dentro do relacionamento ou uma rotina sem nada criativo.
“Eu vejo que muitos homens reclamam que as mulheres não procuram, outros reclamam que a mulher procura de uma forma, cobrando. Algumas mulheres percebem que os homens cobram de uma forma muito diretiva, já vão direto ao assunto, querendo a relação sexual, forçando a barra para que isso aconteça e elas se sentem invadidas”, conta ela.
Virgínia afirma que o anticoncepcional atrapalha muito na questão de ter disposição, assim como medicação para diabetes, ansiedade e hipertensão, além de sobrecarga de uma jornada de trabalho e cansaço.
Idade
A sexóloga diz que a idade, de certa forma, afeta mais o homem do que a mulher. Isso devido a menopausa, que, às vezes, causa ressecamento da pele, da unha, do cabelo, da mucosa, incluindo a mucosa do canal vaginal. A mulher, nessa fase, tem queda e algumas aumento da intensidade e da frequência sexual.
Já o homem é dependente da ereção, que, com os anos, vai perdendo a capacidade. O exercício pélvico ou o estímulo da musculatura do assoalho pélvico são exercícios de fortalecimento da musculatura do períneo dessa região.
Através do estímulo dessa musculatura, é possível prevenir uma série de problemas, entre eles a incontinência urinária. “As pessoas, às vezes, vivem a vida inteira correndo atrás de metas, de dinheiro, de sonhos e esquecem de cuidar da saúde e, quando chegam na fase que poderiam curtir, tem que voltar correndo atrás da saúde”.
“Eu sou a favor da gente esperar vivendo do que esperar parado, não correr da jornada. Com a idade, algumas pessoas sofrem mais do que outras e com algumas instruções, prevenindo, fazendo exercício pélvico, trabalhando a alimentação, controle de peso, tudo isso gera bem-estar”, explica a especialista.
A especialista salienta que é importante manter sempre a alegria, autoestima, exercer a gratidão, aumentar a ingestão de água, coisas simples que podem favorecer uma qualidade de vida sexual na terceira idade.
Fonte: eshoje.com