Terceira onda de Covid em Minas Gerais pode ser ainda pior

10/05/2021 as 17:00
Nos meses de março e abril de 2021, 15.438 moradores de Minas Gerais perderam a vida por causa da Covid-19. Esse número corresponde a 44,3% de todos os óbitos registrados em 14 meses de pandemia, deixando claro que a segunda onda foi mais devastadora do que a primeira, ocorrida em meados do ano passado. Os indicadores estão melhorando pouco a pouco, mas a população não pode relaxar, acreditando que o pior já passou.


Mas o Estado poderá vivenciar uma terceira onda da doença ainda mais mortal em breve, de acordo com Unaí Tupinambás, infectologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. A previsão de um pico ainda pior entre final de junho e início de julho está baseada nos dados da atualidade, ainda em patamares muito altos.
“Temos ainda muitas pessoas suscetíveis à infecção e temos uma variante (P1) que tem possibilitado uma transmissão mais fácil.


E as pessoas estão cansadas e flexibilizando. Você vê, infelizmente, muitas festas e flexibilizações ainda desnecessárias”, diz o infectologista. Ele lembra ainda que o ritmo da vacinação está muito lento ainda no país. E, mesmo nos países em que a imunização acontece de maneira mais acelerada, o nível de transmissão do coronavírus ainda não está totalmente controlado.
“Mesmo nos Estados Unidos ainda há muitos casos. O Chile, país que mais vacinou na América Latina, teve de fazer uma restrição de mobilidade por causa do aumento de casos. A vacinação sozinha não vai dar conta de segurar a terceira onda. Temos que ter vacina e medidas de segurança, como o uso de máscaras, duas se possível”, explica Tupinambás.


Fonte: O Tempo